Os portos marítimos necessitam de um elevado fornecimento de energia e são uma fonte de poluição atmosférica, dois problemas ambientais que podem minimizar-se utilizando energias renováveis. Tendo em conta a convergência de recursos, infraestruturas e instalações nos portos, as energias renováveis marinhas surgem como uma alternativa prometedora.
O PORTOS tem como objetivo avaliar, desenvolver e promover o uso integrado de recursos energéticos renováveis nos portos do Espaço Atlântico e aumentar a sua eficiência energética, estabelecendo um roteiro para um setor mais competitivo e sustentável.
Objetivo geral
Os portos marítimos necessitam de um elevado fornecimento de energia e são uma fonte de poluição atmosférica, dois problemas ambientais que podem minimizar-se utilizando energias renováveis. Tendo em conta a convergência de recursos, infraestruturas e instalações nos portos, as energias renováveis marinhas surgem como uma alternativa prometedora.
O PORTOS tem como objetivo avaliar, desenvolver e promover o uso integrado de recursos energéticos renováveis nos portos do Espaço Atlântico e aumentar a sua eficiência energética, estabelecendo um roteiro para um setor mais competitivo e sustentável.
Áreas de intervenção
Promoção das energias renováveis e da eficiência energética.
Investimento em infraestruturas, capacidades e equipas em grandes empresas vinculadas diretamente a atividades de investigação e inovação.
Atividades de investigação e inovação em centros públicos de investigação e centros de competências, incluindo a criação de redes.
Infraestruturas e processos de investigação e inovação, transferência de tecnologia e colaboração com empresas centradas na economia com baixas emissões de carbono e à resiliência à alteração climática.
Desenvolvimento e promoção de empresas especializadas na prestação de serviços que contribuam para a economia com baixas emissões de carbono e à resiliência à alteração climática (incluindo o apoio a tais serviços).
Energias renováveis: energia eólica, solar, de biomassa, hidroelétrica, geotérmica e marinha. E a integração das energias renováveis (incluindo a infraestrutura para o armazenamento, a conversão de energia em gás e o hidrogénio renovável).
Mais informações sobre o PORTOS
Qual é o nosso desafio comum?
O PORTOS aborda o desafio comum do Espaço Atlântico relativamente à pressão que a indústria, a economia e a sociedade exercem sobre o ambiente, apesar de dispor de abundantes recursos naturais. Neste contexto, centra-se no problema enfrentado pelos portos, que são uma fonte de poluição atmosférica e têm uma alta procura energética, enquanto os recursos de energias renováveis disponíveis in situ (isto é, a ondomotriz, a maremotriz, a solar e a eólica marítima) continuam sem se explorar.
O Espaço Atlântico tem uma situação vantajosa relativamente a outras regiões da UE, graças aos seus elevados recursos de energias renováveis marinhas. De facto, o Espaço Atlântico é a segunda zona transnacional para energia eólica da UE e muitos dos seus territórios oferecem oportunidades para a energia ondomotriz, maremotriz e fluvial, entre outras. Contudo, a maioria das regiões do Espaço Atlântico estão ainda longe de contar com capacidades significativas de energias renováveis, enquanto os portos (principais centros de atividade económica) apresentam padrões insuficientes de eficiência energética e falta de meios técnicos e instalações para suportar a instalação, a exploração e a manutenção das instalações de energia marítima.
De acordo com o programa do Espaço Atlântico, das Estratégias RIS3 e das estratégias da UE em matéria de Energia e Transporte, o PORTOS capitaliza os avanços técnicos e políticos conseguidos durante os últimos anos para desenvolver condições favoráveis para o auge do setor das energias renováveis marinhas, tornando-se uma economia com baixas emissões de carbono. Além disso, contribui para o desenvolvimento de soluções técnicas e de planeamento específicos e a estabelecer quadros de governação para a implantação da eficiência energética e das energias renováveis nos portos do Espaço Atlântico.
Qual é o nosso foco transnacional?
A implementação das energias renováveis ou das energias renováveis marinhas nos portos constitui um desafio que deveria alcançar-se mediante um foco transnacional, de forma a que se considerem as especificidades dos portos do Espaço Atlântico e se consigam umas soluções mais avançadas e eficientes, de suscetibilidade de aplicação geral e com um alto potencial de escalabilidade, por resultado da combinação de esforços de diversos parceiros com diferente, embora complementar, experiência na caracterização dos recursos (energia ondomotriz, maremotriz, eólica, etc.), as tecnologias de captação e a sua implementação.
Além disso, a exploração comercial das energias renováveis marinhas continua a ser uma tarefa desafiante, que exige um enorme esforço técnico e financeiro. Os conceitos de conversão de energia ondomotriz e maremotriz ainda estão em desenvolvimento ou em fase de otimização e nenhum deles demonstrou a sua hegemonia técnica ainda.
Do mesmo modo, a tecnologia eólica marítima ainda está imatura para enfrentar as duras condições costeiras da grande maioria das regiões do Espaço Atlântico. A colaboração entre regiões e o intercâmbio de conhecimentos técnicos são essenciais para ultrapassar estas dificuldades.
Por último, como cada porto apresenta umas características únicas (por exemplo: atividades industriais, infraestruturas ou recursos disponíveis diferentes), as eventuais soluções de energias renováveis ou energias renováveis marinhas, diferem. Assim, para oferecer umas soluções úteis na matéria de energias renováveis ou energias renováveis marinhas ao sistema geral de portos do Espaço Atlântico, é necessário captar esta variabilidade, analisando diferentes casos práticos e representativos em todo o Espaço Atlântico, que é um dos objetivos do PORTOS. O compromisso das principais partes interessadas garante a obtenção de resultados tangíveis para os verdadeiros desafios do setor.
Quais são os nossos principais resultados?
Os resultados do PORTOS são:
1. Auditoria detalhada da eficiência energética de três casos de portos;
2. Planos de exploração de energias renováveis marinhas e ações piloto para cada caso prático, incluindo a combinação de energias renováveis marinhas e as tecnologias de conversão mais adequadas;
3. Roteiro e diretrizes para conseguir a autossuficiência energética do sistema de portos do Espaço Atlântico;
4. Demonstrações de três tecnologias híbridas para permitir a exploração de recursos de energias renováveis ou energias renováveis marinhas nos portos de estudo;
5. Sistema de apoio à tomada de decisões para implementar tecnologias de energias renováveis ou de energias renováveis marinhas nos portos do Espaço Atlântico;
6. Provas de conceito de tecnologias de vanguarda;
7. Ações (jornadas de portas abertas/laboratórios abertos) para implicar à sociedade no desenvolvimento das energias renováveis marinhas;
8. Formação e transferência de conhecimentos técnicos às principais partes interessadas, aos utilizadores finais e à sociedade.
As organizações que operam ou que têm capacidade para operar no setor das energias renováveis ou das energias renováveis marinhas, tais como os fornecedores de energia, o setor industrial e as agências de energia, beneficiar-se-ão dos resultados do PORTOS. Em particular, os setores portuários e de transporte disporão de conhecimentos detalhados sobre o cenário atual para melhorar e/ou desenvolver as suas políticas ambientais.
A partir dos resultados obtidos, os portos sujeitos a estudo porão em funcionamento observatórios para aplicar os planos de exploração desenvolvida das energias renováveis marinhas. A comunidade científica também obterá um benefício direto, dado que se partilharão as soluções técnicas do projeto, permitindo o seu debate e futuro desenvolvimento. Por último, mas igualmente importante, a sociedade se beneficiará dos melhoramentos conseguidos no ecossistema energeticamente sustentável.
Quem aproveitará os principais resultados?
• Organizações públicas nacionais
• Organizações públicas regionais
• Organizações públicas locais
• Empresas públicas
• Organizações transfronteiriças
• Organizações transnacionais
• Universidades ou centros de investigação e inovação
• Centros de educação e formação
• Associações da sociedade civil
• Redes e associações empresariais
• Empresas privadas
INOVAÇÕES DO PROJETO PORTOS
Quais são as novidades?
A principal inovação do PORTOS é a integração holística das energias renováveis marinhas nos portos e a sua combinação com as energias renováveis tradicionais para conseguir uma combinação de energias equilibrada e diversificada baseada nas características de cada porto.
Utilizar-se-ão como estudo de casos três portos representativos com diferentes padrões de consumo energético e de potencial de energias renováveis e desenvolver-se-ão e otimizar-se-ão tecnologias de aproveitamento de última geração para as condições específicas de cada lugar. O PORTOS aproveita as potenciais sinergias entre as energias renováveis marinhas e os portos (os recursos energéticos, as infraestruturas e as instalações convergem num espaço comum) para abordar os problemas dos dois setores simultaneamente.
O desenvolvimento das tecnologias de conversão integrada nos portos ajuda a ultrapassar certas limitações das energias renováveis marinhas, como os altos custos de exploração e manutenção e o impacto ambiental. Embora o projeto se centre em três portos piloto para definir os seus planos específicos de implantação e exploração de energias renováveis, um aspeto inovador do PORTOS é o desenvolvimento de soluções gerais e holísticas como orientação para implantar as energias renováveis marinhas e alcançar a autossuficiência energética nos portos. Utilizam-se as técnicas de investigação mais avançadas (incluindo obras no oceano, provas experimentais em tanques de ondas e métodos informáticos) para obter tecnologias adhoc para as energias renováveis marinhas, e ferramentas de apoio à tomada de decisões. Devido ao caráter intermitente das energias renováveis marinhas, é necessária a combinação de diferentes recursos e o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia para maximizar a produção efetiva de energia, garantindo a autossuficiência energética nos portos.